Equilíbrio Financeiro: Entenda a Diferença entre Ter Dinheiro e Ter Renda
Quando se fala em equilíbrio financeiro, você pensa em quê, exatamente? Bom, atualmente são pouquíssimas as pessoas que têm de fato um equilíbrio das próprias finanças. Isso se deve muito ao fato de como foram ensinadas ou até mesmo têm a consciência financeira, mas não aplicam no dia a dia. Eu tenho certeza que você conhece muitas pessoas que trabalham e recebem o próprio dinheiro, ou seja, elas têm a própria renda. Mas, caso ocorra algum imprevisto ou algo do tipo, não têm dinheiro e sempre recorrem ao cartão de crédito ou empréstimos como uma forma de complementar a renda.
A Diferença entre Ter Dinheiro e Ter Renda
A primeira grande diferença que gostaria de apresentar aqui é a de ter dinheiro e ter renda. Pode parecer duas coisas bem parecidas, porém você vai ver que é muito diferente quando analisamos por outro ângulo: o da educação financeira.
Quando recebemos pelo nosso trabalho mensalmente, recebemos nossa renda. Por exemplo, R$ 2000. Porém, isso não significa nem um pouco que você tem esses R$ 2000 realmente, pois terá gastos com alimentação, contas de água, luz, aluguel, transporte e por aí vai. Isso que eu falei agora parece ser algo bem óbvio, porém a maioria dos brasileiros não entende essa diferença, pensando que como caiu R$ 2000 na conta, poderá usar para qualquer coisa que quiser com frases do tipo: "Vou receber hoje, vamos naquele restaurante chique." E não, não tem problema nenhum em aproveitar o próprio dinheiro. O problema está em entrar em dificuldades financeiras por não entender esse princípio básico. Se caiu R$ 2000 na sua conta e você tiver contas a pagar, então você não tem esses R$ 2000.
Enxergando o Dinheiro como Patrimônio Pessoal
E aqui está o ponto principal dessa questão entre ter dinheiro e ter renda: enxergar o dinheiro como parte do patrimônio pessoal. Calma que isso não é nem um pouco complicado e você vai entender. Quando recebemos nosso salário, ficamos muito empolgados com isso; muitos já saem pensando no que podem comprar com o dinheiro recebido. Porém, aí está uma das frases que mais gosto: se você vê o dinheiro apenas como meio de troca, nunca terá dinheiro de fato. Lembre dessa palavra "apenas", porque é impossível não usar o dinheiro como meio de troca. Tá, mas o que essa frase quer dizer especificamente? Vamos lá.
Importância da Educação Financeira
Imagine que você receba uma boa quantia de herança, por exemplo, R$ 30.000. Porém, sem educação financeira, já vai vir um pensamento infeliz do tipo "eu tenho dinheiro para comprar". Assim, você vai lá e compra o que quer com o dinheiro, comprando um carro novo, fazendo viagens e por aí vai. Com certeza, rapidamente, o "tenho dinheiro para comprar" se transformou em "não tenho mais dinheiro". Entende? É algo bem simples, mas essa é a questão de ver o dinheiro apenas como meio de troca, ou seja, ver o dinheiro apenas como uma forma de adquirir o que deseja.
Para ficar mais claro, é ver o dinheiro apenas para consumir produtos ou serviços. Então, qual é a outra forma de ver o dinheiro, a não ser como meio de troca? Uma coisa que eu quero deixar claro é que não tem como deixar de usar o dinheiro como meio de troca. Sempre vamos precisar dele para comprar alimento, transporte, aluguel, tudo que precisamos para nos manter vivos. Porém, aqui quero falar de como usar o dinheiro não somente como um meio de troca, mas também de uma outra forma.
Plantando Sementes para o Futuro: O Conceito de Patrimônio
Bom, o princípio da educação financeira é você ver o dinheiro como uma semente a ser plantada, que vai te gerar frutos com o passar do tempo. Ou seja, ver o dinheiro como patrimônio pessoal, ver cada economia que você fez como uma partezinha do seu patrimônio próprio. Por exemplo, poupando R$ 500 por mês para investir, fazendo o montante crescer à medida que o tempo passa, tanto pelos aportes que você vai fazer mensalmente quanto pelos juros compostos que trabalham ao longo do tempo. Mas por que isso é tão importante? Por que não podemos ver o dinheiro apenas como meio de troca?
Se você está nesse vídeo é porque quer encontrar o equilíbrio financeiro, e vai ser muito difícil achar esse equilíbrio vendo o dinheiro apenas com a finalidade de comprar e consumir tudo que quiser. Então, no primeiro momento, temos que ter em mente em qual degrau estamos, e isso é muito importante. Olha só, por exemplo: se hoje você ganha R$ 3000, não viva no degrau de R$ 3000. Tente viver no degrau de R$ 2500, por exemplo. Ou, se hoje você ganha R$ 2000 no mês, tente viver no degrau de R$ 1700. Lembrando que isso é só um exemplo e você vai adaptar para a própria realidade. Bom, você entendeu: nunca viva no degrau do próprio salário, sempre opte por viver um degrau abaixo, para não gastar tudo que ganha e ter um dinheiro a mais todos os meses. Se você quer alcançar o equilíbrio financeiro, esse é o princípio básico. E fazendo dessa forma você vai ter dinheiro com você, não apenas renda.
É como falei no vídeo passado: a renda é o fluxo, é como se fosse a água saindo da torneira. Agora, se essa água saindo da torneira entrar em contato com um balde furado, toda a água já vai embora. É isso que acontece financeiramente com alguém que ganha e já gasta tudo que recebe. Agora clareou bem a diferença entre ter dinheiro e simplesmente só ter renda, né? Acho que mereço o seu like só por esse exemplo. Na teoria, está bem legal ver tudo isso de viver um degrau abaixo, não gastando tudo que ganha. Beleza, mas e na prática?
Viver Abaixo dos Próprios Ganhos: Desafios e Realidade
Na prática, fica bem mais difícil fazer tudo isso, principalmente quando falamos socialmente, pois você vai ver amigos financiando carros, vendo eles viajando e por aí vai. Mas é aquele negócio, não é errado gastar dinheiro; errado é gastar o dinheiro que nem tem. Ou seja, se você não tem dinheiro para comprar um carro no momento e vai ter que assumir dívidas se dar entrada em um, não compre, pois senão o estrago financeiro vai ser bem pior futuramente. É como no livro "A transformação total do seu dinheiro", de Dave Ramsey, que diz que precisamos assumir alguns sacrifícios no primeiro momento, às vezes andando com um carro que não é zero, ou com uma moto barata, ou até mesmo de transporte público. Porém, sem assumir dívidas e, pelo contrário, aumentando o montante investido com a economia que fizer mensalmente.
Ah, você pode estar pensando: "Tá, eu entendi que é importante poupar, mas e para quem ganha pouco?" Aí que está: se hoje você ganha um salário mínimo e consegue poupar apenas R$ 100 por mês, por exemplo, é interessante pegar esse dinheiro poupado para fazer um curso que vai te qualificar, por exemplo, aumentar sua renda salarial ou até mesmo optar por um negócio próprio. Ou seja, é importante estar procurando evoluir tanto na própria educação financeira quanto profissionalmente. Então, quanto maior for sua renda, maior será a capacidade de poupar e, consequentemente, maior será seu montante investido com o passar do tempo.
Os Três Fatores das Finanças Pessoais
Basicamente, com a educação financeira, entendemos que as finanças pessoais estão envolvidas em três fatores primordiais: a renda, a poupança e o montante investido. Assim, vemos que é importantíssimo também focar no aumento da própria renda para assim você ter uma quantia maior para administrar. Ah, e essa poupança não é a caderneta de poupança, tá? É o ato de poupar, de não gastar uma fatia da própria renda.
O Controle Financeiro: O Passo Essencial
Bom, agora que você entendeu os três fatores das finanças pessoais, vamos para o controle financeiro. Calma que já vamos chegar no equilíbrio financeiro. Vamos por partes. Se você prestou atenção nesse vídeo, você já tem uma certa consciência financeira. Agora, para adquirir o controle financeiro, basta ter em mente ou anotado uma média do quanto você ganha e quanto gasta mensalmente, entendendo a entrada e saída de dinheiro, para assim você ter uma base e conseguir pôr em prática o ato de viver um degrau abaixo do seu salário.
Agora, se você tem dívidas a pagar, também pode fazer a mesma coisa. Porém, ao invés de viver um degrau abaixo para poupar dinheiro, vai usar esse dinheiro para pagar as dívidas, e é interessante tentar pagar o máximo possível mensalmente, pois quanto maior o tamanho da parcela da dívida paga, em menos tempo vai conseguir quitá-la. Então, se você hoje está em dívidas e conseguir viver dois degraus abaixo do seu salário, pode ser melhor ainda. E calma que já estamos chegando no equilíbrio financeiro.
A Importância da Reserva de Emergência
Agora que você entendeu que dinheiro não é apenas meio de troca, e que cada economia que você faz é uma partezinha do seu patrimônio, além de ter a consciência financeira e também o controle financeiro, já consegue poupar uma parcela para investir mensalmente. E, nesse caso, se inicia a reserva de emergência, que é de extrema importância para alcançar o equilíbrio financeiro. Pode parecer algo bobo e desnecessário, mas você vai ver aqui em poucos minutos o quão importante é ter essa reserva de emergência.
Muitas vezes, quando não temos nenhum controle, gastamos tudo ou até mesmo mais do que ganhamos, usando cartão de crédito para complementar a renda, como se fosse uma forma de expansão de renda. Porém, essa é uma falsa ideia de renda, pois você terá que pagar o cartão de crédito no mês seguinte. E aí que entra a reserva de emergência. Lembra da diferença entre ter renda e ter dinheiro? Então, formando a reserva de emergência, você realmente tem dinheiro e não apenas renda.
Se você tem um padrão de vida no qual gasta R$ 3000 por mês e ganha R$ 3000 por mês, é nítido que você tem renda, pois recebe os R$ 3000 mensalmente. Porém, dinheiro você não tem, pois no final do mês você vai estar zerado, não tendo nenhum dinheiro que ficou com você, apenas gastos. E caso ocorra de você ser demitido ou atrase o salário, você vai estar em apuros, sem nada, desesperado, pensando em como vai pagar as contas.
Agora, se você ganha R$ 3000 por mês e gasta R$ 2500, utilizando esses R$ 500 restantes para investir na sua reserva de emergência, em 10 meses você já acumulou R$ 5000. Isso sem contar os juros que você vai ganhar apenas por ter investido a sua reserva. Então, caso ocorra de você ser demitido, você terá um dinheiro nessa reserva que servirá de amparo em crises. Essa reserva de emergência é o primeiro investimento de todos que você deve fazer, e todos nós deveríamos já ter essa reserva, pois com ela já formada atingimos o famoso equilíbrio financeiro, adquirindo assim uma tranquilidade muito maior em relação às finanças pessoais.
Como Fazer a Reserva de Emergência
Se você tem dúvidas sobre como fazer a reserva de emergência, vou deixar aqui na tela um vídeo completo que falo especificamente sobre isso. Basicamente, você deve começar poupando uma parte do seu salário todos os meses, evitando gastos desnecessários e investindo esse dinheiro de forma segura. A ideia é que essa reserva cubra pelo menos seis meses dos seus gastos mensais. Assim, caso ocorra algum imprevisto, você terá um tempo para se reorganizar sem precisar recorrer a empréstimos ou cartões de crédito.
Conclusão
Alcançar o equilíbrio financeiro pode parecer um desafio, mas com disciplina e planejamento, é possível. Comece identificando suas fontes de renda e gastos, estabeleça metas de economia e invista de forma consciente. Lembre-se de que o importante não é quanto você ganha, mas sim como você administra o que ganha. Ter uma reserva de emergência é essencial para garantir a estabilidade financeira e proporcionar uma maior tranquilidade para lidar com os imprevistos da vida. Com essas práticas, você estará no caminho certo para conquistar a tão desejada estabilidade financeira.
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